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Na França, apenas 11% acreditam que os políticos levam em conta a opinião do povo

Vague 7 janvier 2016 Résultats par vague Le Baromètre de la confiance politique CEVIPOF4

Segundo a recém divulgada pesquisa do laboratório Cevipov da SciencesPo “O barômetro da confiança política”, versão 2016, apenas 11% dos franceses acredita que os responsáveis políticos se importam com o que a população em geral pensa. Entre estas pessoas, apenas 1% considera que eles se preocupam muito com a opinião do povo e outros 10% acreditam que eles se preocupam consideravelmente.

Vague 7 janvier 2016 Résultats par vague Le Baromètre de la confiance politique CEVIPOFEste é apenas um dado desta pesquisa, realizada desde 2009, que mede o grau de confiança das pessoas em diversas instituições e também personalidades políticas do país. Outro dado interessante é a opinião dos franceses sobre o funcionamento da democracia francesa. Hoje, 31% da população acredita que ela funciona bem (2% muito bem e 29% consideravelmente bem). Esse número era de 50% em 2009.

Vague 7 janvier 2016 Résultats par vague Le Baromètre de la confiance politique CEVIPOF1

A taxa de confiança nos meios de comunicação e nos partidos políticos se mantêm praticamente sem variações entre 2009 e 2015, estável em 24% no caso dos media e caindo de 14% para 12% no caso dos partidos – ainda que, neste caso, a queda estivesse mais acentuada até 2014 e os atentados de 2015 tenham ajudado a fazer uma pequena reversão. Já os sindicatos tiveram uma perda importante na sua avaliação, passando de 36% de confiança em 2009 para 27% em 2015.

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Há muitos outros dados que podem ser explorados no relatório completo, que está disponível online.

Webcasts do Oxford Internet Institute

Oxford Internet Institute   Home

O Oxford Internet Institute é um dos centros de referência mundiais em estudos de internet hoje. Além das formações de longa duração (graduação, mestrado e doutorado), o centro também oferece um curso de verão para doutorandos, que pode ser interessante para estudantes em estágios avançados da pesquisa. Além disso, eles disponibilizam 525 webcasts, que podem ser acessados gratuitamente. São principalmente palestras ministradas por professores do centro em diversos temas relacionados à pesquisa sobre internet. É possível buscar por palavras-chave e selecionar o conteudo mais interessante à sua pesquisa.

Helen Margetts é uma das professoras do centro e, neste webcast, ela fala sobre as ações de participação online. Ela destaca que sempre falamos dos casos de sucesso (petições com muitas assinaturas, mobilizações que levam milhões às ruas), mas que é preciso perceber que para cada caso de sucesso ha centenas de tentativas mal sucedidas. A pesquisadora também fala sobre a volatilidade de alguns movimentos surgidos online e a dificuldade de autoridades em lidarem com eles, já que as formas de liderança estabelecidas costumam ser mais descentralizadas que nos movimentos sociais tradicionais. Por fim, ela destaca o valor que os traços digitais podem ter para permitir pesquisas nesta área. Não há nenhuma grande novidade no vídeo, mas é uma linha de pensamento interessante sobre esta questão.

Este é apenas um dos webcasts disponíveis. Veja todos os vídeos aqui.

Grupos no Facebook e no Slideshare para discutir Política Online


Para ampliar ainda mais as discussões sobre os temas relacionados à política online, criei dois grupos para compartilhar conteúdo. O grupo do Slideshare reúne apresentações e já conta com 29 slides de diversos autores que publicam sobre essa temática. Já o grupo do Facebook, está em fase bem inicial, mas já reúne algum material e pessoas interessadas na discussão. Segue a descrição dos grupos, para quem quiser participar:

“Grupo de compartilhamento de conteúdo sobre democracia digital, governo eletrônico, comunicação pública online, eleições e campanhas digitais e demais temas da interface entre política e ambientes digitais.”

Relatório sobre uso da Internet nas eleições de 2010

A pesquisa é de janeiro, mas confesso que só tive acesso a ela ontem. Apesar de tratar apenas da realidade americana, a pesquisa traz dados demográficos daqueles que usam a internet para fins políticos bem como os tipos de uso mais comuns. É possível encontrar também a divisão por partido – nesse quesito, o uso não apenas cresceu mais se tornou mais homogêneo entre democratas e republicanos. Alguns dos gráficos trazem comparações com a pesquisa realizada após as eleições de 2008, o que permite acompanhar a evolução de alguns quesitos. A pesquisa foi realizada pela Pew Internet, instituição bastante reconhecida na realização desse tipo de trabalho, e está disponível em PDF.

Revista Animus traz dossiê de comunicação e política

A revista Animus – Revista Interamericana de Comunicação Midiática, traz, no seu número 18, um dossiê específico da área de comunicação e política. São apenas quatro artigos sobre o tema, mas eles conseguem abranger desde temas como redes sociais e ciberativismo até questões relacionadas ao cinema e ao entretenimento. A revista é uma publicação da Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria. Vale a pena conferir.

Projeto Neofluxo: banco de dados de informações sobre uso de internet nas eleições

Dados sobre o fluxo de informação dos presidenciáveis

O projeto NeoFluxo é desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Comunicação, Tecnologia e Cultura da Rede do Programa de Mestrado da Faculdade Cásper Líbero. Seu objetivo principal, segundo o próprio site deles, é “identificar o comportamento do fluxo informacional nas redes sociais durante o processo eleitoral”. Além de disponibilizar gráficos, nuvens de tags e outras informações sobre o uso da internet pelos três principais candidatos à presidência do Brasil, o projeto também disponibiliza APIs dos dados coletados. Pode ser um interessante insumo de pesquisa para quem pretende fazer investigações sobre o tema.

E-book sobre política 2.0

Encontrei hoje um e-book sobre estratégias para campanhas políticas 2.0. O autor é Rafael Mourad e o livro traz 135 páginas de ideias e recomendações para a realização de uma cibercampanha. Temas como redes sociais, colaboração e mensuração são abordados na publicação. Ainda não tive tempo de ler para comentários mais aprofundados, mas publicações sobre o tema são sempre bem-vindas. Baixe o livro completo. Segundo o autor, a edição é de 2008, mas ele pretende lançar uma versão mais atual no final deste ano.

Pesquisa inédita sonda satisfação do cidadão com E-gov

satisfaçao dos brasileiros com e-gov

Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) revelou que mais de 90% dos entrevistados está satisfeito ou muito satisfeito com os serviços de E-gov oferecidos pelo governo brasileiro. Porém, 60% dos entrevistados disse que a principal forma de acesso ao serviço público ainda é a presencial.

Esses dois dados me parecem, de alguma forma, contraditórios. Afinal, uma das coisas que espera-se de um E-gov eficiente é que agilize muitos dos serviços oferecidos pelo Estado pela internet, o que tenderia a diminuir muito a demanda de atendimentos presenciais. Acredito que dois fatores devem ser levados em conta na análise desses dados. Um primeiro seria a falta de parâmetros comparativos das pessoas que responderam à pesquisa, ou seja, o fato de se dizerem “satisfeitos” com o que já foi implementado talvez se deva à falta de conhecimento de possibilidades muito além das que já existem por aqui. Além disso, com certeza a falta de acesso à internet, e sobretudo ao conhecimento mais profundo do uso da internet, ainda afasta muitos cidadãos dessa plataforma, o que ainda gera uma grande demanda de atndimento presencial.

De todas formas, é uma pesquisa importante de ser feita e, sem dúvida, o acompanhamento dos seus resultados ao longo dosanos pode apontar caminhos interessantes. O download dos dados da pesquisa só pode ser feito mediante o preenchimento de um pequeno formulário, mas vale a pena.

TSE aponta internet como 3ª fonte de informação do eleitor

Social Network

Uma pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizada em novembro deste ano, apontou que a internet ultrapassou as mídias impressas e o rádio como fonte de informação sobre política e eleições. Isso coloca o meio online na terceira posição, apenas atrás da televisão e da conversa com amigos e parentes. O estudo foi feito a partir de 2000 entrevistas realizadas de forma aleatória em 136 municípios.

Esse resultado nos aponta caminhos de reflexão interessantes. Se por um lado a pesquisa não mostra dados detalhados sobre o consumo de informação dentro da internet (se em sites de notícias, redes sociais, listas de e-mail etc), por outro, o posicionamento da conversa com amigos e parentes na segunda colocação pode ser uma pista interessante. O ambiente online que mais propicia essa conversa com amigos e parentes e, sobretudo, a indicação de sites e conteúdos por eles são as redes sociais online. Portanto, acredito que podemos inferir dessa pesquisa que o grande meio de informação e formação da opinião sobre política e eleições são as redes sociais, sejam elas online ou offline.

Também é interessante observar que a pesquisa feita sobre a decisão do voto para o 2º turno coloca a internet apenas na 7ª colocação como fonte de informação. É bem verdade que as categorias oferecidas aos entrevistados são bastante diferentes da consulta geral (onde a internet ficou em 3º) o que complica a comparação de resultados, mas é um dado a ser considerado. Apesar disso, nessa pesquisa específica sobre o 2º turno, a conversa com amigos e parentes fica na 3ª colocação mostrando força que essa rede tem.

O relatório completo está disponível para download.

Relatório sobre a presença online de senadores americanos

Mais um relatório, dessa vez sobre o senado americano. O estudo rankeia a presença oline de 100 senadores americanos a partir de crtitérios como qualidade do website, presença em redes sociais e utilização de técnicas de SEO. O trabalho é publicado pela L2 Think Tank e realizado por dois professores universitários, um da New York University e outro da George Washington School of Business. As conclusões do relatório mostram que os senadores republicanos estão conseguindo um maior número de seguidores e um maior nível de aprovação na internet que os democrátas.

Baixe o relatório na íntegra: Digital IQ Index – US Senate