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TSE aponta internet como 3ª fonte de informação do eleitor

Social Network

Uma pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizada em novembro deste ano, apontou que a internet ultrapassou as mídias impressas e o rádio como fonte de informação sobre política e eleições. Isso coloca o meio online na terceira posição, apenas atrás da televisão e da conversa com amigos e parentes. O estudo foi feito a partir de 2000 entrevistas realizadas de forma aleatória em 136 municípios.

Esse resultado nos aponta caminhos de reflexão interessantes. Se por um lado a pesquisa não mostra dados detalhados sobre o consumo de informação dentro da internet (se em sites de notícias, redes sociais, listas de e-mail etc), por outro, o posicionamento da conversa com amigos e parentes na segunda colocação pode ser uma pista interessante. O ambiente online que mais propicia essa conversa com amigos e parentes e, sobretudo, a indicação de sites e conteúdos por eles são as redes sociais online. Portanto, acredito que podemos inferir dessa pesquisa que o grande meio de informação e formação da opinião sobre política e eleições são as redes sociais, sejam elas online ou offline.

Também é interessante observar que a pesquisa feita sobre a decisão do voto para o 2º turno coloca a internet apenas na 7ª colocação como fonte de informação. É bem verdade que as categorias oferecidas aos entrevistados são bastante diferentes da consulta geral (onde a internet ficou em 3º) o que complica a comparação de resultados, mas é um dado a ser considerado. Apesar disso, nessa pesquisa específica sobre o 2º turno, a conversa com amigos e parentes fica na 3ª colocação mostrando força que essa rede tem.

O relatório completo está disponível para download.

Pesquisa sobre hábitos de informação dos Deputados Federais

O Instituto FBS Pesquisa lançou os resultados da sua pesquisa em Política e Mídia de 2010. Achei interessante a iniciativa que mede não apenas quais os meios mais utilizados pelos políticos para se comunicar com o cidadão, mas também como ele se informam sobre as notícias. Os resultados mostram o progressivo crescimento da internet como meio de informação e comunicação, acompanhado da leve diminuição nas mídias tradicionais. Mas não devemos nos enganar, televisão, jornais, revista e rádios ainda contam em muito na formação das opiniões políticas.

A pesquisa foi feita com 50% dos deputados federais e tem uma margem de erro de 4,4%. A íntegra dos resultados pode ser vista aqui.

Categorizando informações

isso merece um tweet

Uma das questões essenciais em assessoria política é conseguir categorizar a informação. Na verdade, acho que em assessoria de uma forma geral é preciso ter muito cuidado para não supervalorizar as notícias do assessorado. A rotina de trabalho e a proximidade com o tema e a organização às vezes nos fazem achar que coisas corriqueiras são na verdade grandes eventos.

No mundo offline essa categorização se resumia a “será que está informação merece ser noticiada?” e “na editoria de cidades ou de política?”. Já era um trabalho que exigia muito do assessor, mas com as possibilidades online isso se complica ainda mais. Agora precisamos não apenas categorizar a informação dentro de um mesmo ambiente – num blog, por exemplo, através do tamanho do texto, colocação ou não de imagem – mas entre diversos ambientes, com dinâmicas de funcionamento e públicos diferenciados.

Será que essa informação merece um tweet ou um post? Ou ainda: um tweet com link para um post? E no newsletter, será que essa notícia entra?

Essas são questões importantíssimas para valorizar a informação e fazer com que a comunicação seja eficiente. Aqui não vale a lógica de atirar para todos os lados. Colocar em um twitter tudo que está em um blog, repetir tudo no orkut e depois enviar newsletter com as mesmas informações acaba por ser repetitivo. É preciso fazer que esses diferentes espaços se comuniquem e se complementem, mas sem se sobrepor.

Para lidar com tudo isso é preciso conhecer muito bem o público para quem se fala em cada ambiente e ser capaz de adequar não apenas sua abordagem dos temas, mas também sua linguagem a eles. Além de ter todas essas capacidades, o que já é bastante complicado, sejamos realistas: é preciso ter tempo. O tempo que se gasta para adequar a informação a cada meio é quase o mesmo que se gasta com o texto inicial. Falta saber se os assessorados estão dispostos a investir para tornar isso possível.