Arquivos da categoria: campanha política

Resultado da Seleção de Artigos para o e-book

Com alguns dias de atraso, apresentamos aqui os artigos selecionados para o e-book sobre Mídias Sociais e Eleições no Brasil, produzido por mim e por Ruan Brito, juntamente com a PaperCliQ. A previsão de lançamento do livro é janeiro de 2011. Aguardem!

Ana Maria Bicca da Silva e Eliane Fronza – A interação e a mobilização no ciberespaço
Andréia da Silva Martins – Politica na internet: os efeitos do Twitter no processo eleitoral de 2010
Claudiana Santos Silva – Midias sociais e a aproximação do eleitor com o candidato
Fernanda Fabian – A campanha virtual pode ser igual para todos os candidatos?
Gabriela Virgens da Fonseca – Campanhas online e cultura política de participação
Luiz Marcos Ferreira Júnior – A relação entre redes sociais na internet e o certame eleitoral no Brasil
Natália de Oliveira Santos,  Anna Paula Castro Alves – Candidatos Virtuais: O oficial e o oficioso no ciberespaço
Patrícia Rossini – Manifestações políticas de eleitores no Twitter
Samantha Hoffmann Shiraishi  – Mídias Sociais, Política e Educação
Sueli Dantas Bacelar – O papel do blogueiro e o engajamento espontâneo nas eleições

Dilma lança rede social própria

dilmanarede

A campanha de Dilma Rousseff acaba de lançar uma rede social própria. Com o nome “#dilmanarede”, a plataforma é feita no software livre Noosfero e pretende reunir apoiadores da candidata a presidente. A rede permite postagem de videos, fotos, adição de amigos, publicação de blogs e navegação e favoritamento de comitês por todo Brasil. A busca parece eficiente, localizando pessoas, comunidades, artigos, comitês e tópicos de agenda relacionados ao termo pesquisado.

Ao criar seu perfil, você é adicionado automaticamente na comunidade “Onda Vermelha”, que já conta com 204 integrantes. A comunidade conta, por enquanto, com apenas um tópico que expõe os objetivos da rede e mostra um video do presidente Lula falando aos internautas. A iniciativa me parece interessante e bem completa em termos de rede social, mas a minha pergunta é: quem vai ler  tudo que é dito ali? Existe alguma intenção de usar a opinião das pessoas para auxiliar na formatação de propostas políticas ou é apenas um espaço para as pessoas mostrarem seu apoio pura e simplesmente?

Propaganda política em carros

adesivo politico carro

Esses dias estava dirigindo quando um carro me deu uma fechada no meio da rua. Primeira coisa que vejo: o adesivo de um candidato no parachoque do carro. A relação foi imediata: esses eleitores de fulaninho se acham os donos da rua. Conclusão: colocar adesivos e perfurates em carros é uma boa estratégia pela visibilidade que essas peças têm, mas é preciso ter cuidado.

Deveria ser feito um trabalho com as pessoas que se dispõem a receber essas peças explicando a importância e responsabilidade delas ao carregar o nome do candidato. Eu faria uma cartilha sobre comportamentos desejados e indesejados para essas pessoas que, sem dúvida, são de importância crucial para a campanha, mas que também precisam entender que o que elas fazem impacta na imagem do candidato. O que vejo é que, muitas vezes, a ânsia de fazer o nome do candidato aparecer a qualquer custo faz com que a reflexão sobre como o nome aparecerá fique para segundo plano. E, na minha opinião, essa não é uma estratégia muito sensata.

Prorrogada! – Chamada de Trabalhos: E-book Mídias Sociais e as Eleições Brasileiras de 2010

Diante de tantas informações e discussões sobre a interface entre eleições e mídias sociais, é preciso começar a sistemar conhecimento! Foi com esse objetivo que aceitei o convite da PaperCliQ de organizar, juntamente com eles e com o Ruan Brito, um e-book sobre o tema. Convidamos algumas pessoas notadamente conhecedoras da área, mas também abrimos espaços para propostas de artigos. Vejam a chamada abaixo e participem!

A PaperCliQ, juntamente com Nina Santos e Ruan Carlos Brito, convidam você a escrever artigo para publicação em e-book sobre Mídias Sociais e as Eleições Brasileiras de 2010.

Entre os convidados e autores que farão parte deste ebook, estão profissionais das áreas de Comunicação, Mídias Sociais e Marketing Eleitoral:  Alon Feuerwerker, Carlos Manhanelli, Danila Dourado, Gil Castilho, Kadu Ciarlini, Larissa OliveiraMarcel Ayres, Martha Gabriel, Nina Santos, Renata Cerqueira, Ruan Brito, Tarcízio Silva, Thiago Araújo dentre outros. E você também poderá participar!

Envie a sua proposta de artigo sobre a utilização de mídias sociais nas eleições de 2010. Serão selecionados mais 10 artigos, enviados por proponentes de qualquer formação, local ou profissão. As eleições deste ano representam um avanço histórico na utilização de ferramentas online. Não deixe de registrar, em nosso e-book, o seu próprio olhar sobre este processo.

Para participar, basta nos enviar uma proposta sobre o que você quer escrever, em até 300 palavras, explicando o tema a ser abordado, o recorte deste tema e a estrutura básica do artigo.

Formato da Proposta
– Enviar em .doc ou .rtf
– Até 300 palavras, explicando: tema, recorte e estrutura básica do artigo [o artigo deve ser inédito]
– Minicurrículo com até 100 palavras
– Alguns temas que podem ser abordados: uso de mídias sociais em campanhas; apropriação de conteúdos relacionados a campanhas por usuários de mídias sociais; redes, blogs,  fóruns e plataformas online em geral voltadas ao tema eleitoral; movimentos virais relacionados às eleições; geolocalização e usos eleitorais de dispositivos móveis (celulares e smartphones); dentre outros.
– Os artigos finais devem ser produzidos apenas depois do aceite.

Enviar para:
ninocasan@gmail.com

Prazos:
Submissões de resumos: até o dia 29.08.2010 12.09.2010

Resultado da seleção: 03.09.2010 17.09.2010

Formato do Artigo Final
– Deverá ter de 1200 a 3000 palavras (outros detalhes serão enviados para os proponentes selecionados).
– Envio do artigo final das propostas selecionadas: 30.11.2010

Produção:
Nina Santos + Ruan Carlos Brito + PaperCliQ?

Engajamento e Branded Content

alexandre bessa engajamento

Na área do marketing político, uma das maiores glórias que se podem conseguir é o engajamento. Conseguir fazer as pessoas participarem das campanhas e mandatos e efetivamente se interessarem em contribuir para o andamento das ações é um desafio enorme. Claro que o engajamento não começou com a internet, mas sem dúvida muitas possibilidades são criadas a partir desse novo meio. O video acima, apesar de não falar especificamente sobre política, dá uma ideia de como podemos pensar a questão do engajamento e como isso se articula com o branded content.

Site cadastra políticos comprometidos com a transparência

site ficha limpa

A proposta do site Ficha Limpa é cadastrar políticos que não só atendam à lei, mas que também estejam comprometidos com a transparência das campanhas eleitorais. O site propõe um cadastro voluntário dos candidatos à presidência, aos governos e às vagas do senado e da câmara federal, que ao se vincularem ao site se comprometem a, semanalmente, prestar contas de suas campanhas. Esses documentos são analisados  e apenas após a aprovação o nome do candidato é incluído na lista. Por enquanto há apenas dois políticos cadastrados (ambos candidatos à deputado federal).

Achei a iniciativa interessante, afinal uma das coisas que mais fazem falta nas nossas campanhas políticas é a transparência. Mas lembro a todos que as prestações de contas oficiais dos candidatos estarão disponíveis no site do TSE. E nesse site a participação não é voluntária. O não envio das prestações de contas pode implicar na impugnação da candidatura.

Google lança site sobre as eleições

site google eleições

O google lançou um site específico para reunir informações sobre as eleições 2010 no Brasil. A página mostra um google maps com os deslocamentos dos candidatos à presidência, um canal do youtube para os eleitores enviarem perguntas aos candidatos e um gráfico do Google Insights for Search mostrando a variação do volume de buscas dos nomes dos presidenciáveis. Além disso há um link direto para um google notícias específico sobre as eleições. O sistema permite que se faça a busca segmentando por estado e por candidato (apenas à presidência e aos governos estaduais). Também é apresentado um histórico das eleições em formato google maps permitindo escolher o ano e o tipo de eleição (presidente ou governador) e ver que partido venceu em cada estado da federação.

Debates políticos e internet

Desde o início das discussões sobre as mudanças nas regras de campanha política, pouco se falou da falta de familiaridade dos políticos com as próprias interfaces da campanha online. Essa falta de conhecimento da dinâmica da internet ficou muito clara com a proposta de que os debates na internet deveriam seguir as regras estabelecidas para televisão e rádio. Mais do que argumentar que a internet não é uma concessão pública e deve se constituir como espaço de liberdade, é preciso pensar: é possível realizar um debate na internet com as regras da televisão?

Convidar 2/3 dos candidatos, garantir tempos iguais e direitos de resposta, todas essas regras baseiam-se num modelo de comunicação mediada por corporações. Na televisão e rádio,, pelas emissoras, na internet, possivelmente, pelos grandes portais, mas quanto da internet representam os grandes portais hoje?

Digo grandes portais porque acredito que apenas eles teriam estrutura e verba para ter um estúdio, convidar candidatos, contratar mediadores e transmitir tudo isso online em tempo real. É preciso perceber que existem espaços de internet hoje muito mais propícios ao debate onde não há mediadores. Tratam-se das redes sociais. Nelas não há como convidar as pessoas porque elas já estão lá, não é preciso garantir o direito de resposta porque ele é naturalmente assegurado.

Se dois candidatos trocam tweets há um debate? E se discordam na resposta a um mesmo tópico de uma comunidade do Orkut? É necessário repensar e ampliar o próprio conceito de debate político para além do modelo da televisão e compreender as peculiaridades e potencialidades desses espaços antes que se queira agir sobre eles.