O 14 de julho é uma data muito marcante para os franceses e, por isso mesmo, as comemorações são à altura da importância do feriado. Pela manhã, na avenida Champs-Elysées há a parada militar, quando o país apresenta suas tropas e o presidente passa em revista a elas.
Pode parecer uma programação chata, mas não é! Eu acho uma tristeza essa história de militarização dos estados, de ficar exibindo tropas, mas vale a pena ir para ver o desfile aéreo. Ele é apenas parte da cerimônia, mas é muito impressionante. São aviões de guerra, caças e até uns aviões enormes que parecem boeings sobrevoando a avenida em baixa altitude. Eu me senti em Star Wars.
Antes disso tem o desfile das tropas a pé e logo depois as tropas motorizadas (tanques de guerra, por exemplo) e as tropas à cavalo, que também são muito simpáticas. É um passeio ainda mais interessante se estiver com crianças. Sobre como chegar e se locomover por lá, achei mais tranquilo do que esperava. Fomos normalmente, de metrô, e apenas algumas saídas da estação estavam fechadas na Franklin D. Roosevelt. Havia outras estações que estavam totalmente fechadas, mas havia indicações e avisos sonoros sobre isso.
A rua estava naturalmente bastante cheia, mas sem grandes confusões. Foi possível caminhar e mudar de lugar durante o desfile. Este ano eles fizeram umas barreiras mais perto da avenida onde era preciso ser revistado para entrar. Nada demais também, sem confusões e a vista é bem melhor que fora destas barreiras.
À noite fomos aproveitar o concerto que aconteceu pela terceira vez no Champs de Mars, embaixo da Torre Eiffel. Aqui sim estava LOTADO. O concerto começou às 21h15, nós chegamos às 19h e quase não havia mais lugar. Fora que como muitas pessoas vão fazer pique-niques é muito difícil de andar para achar lugares sem pisar nas pessoas ou nas comidas.
De toda forma, ficamos lá sem muito glamour e assistimos a um maravilhoso concerto e a uma queima de fogos de 35 minutos, digna do réveillon de Copacabana. É um programa fantástico, mas daqueles em que tem que ir com disposição para o perrengue. Para ir embora, outra confusão, com metrôs tão lotados que nem conseguimos chegar na estação. O melhor é dar um tempo em algum restaurante por perto (tem dezenas de chineses na região) e esperar o público se dissipar um pouco. Tendo mais disposição, pegue uma bike e siga para um pouco mais longe.