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Política 2.0: como estão os vereadores de SP na web?

A Medialogue Digital divulgou na semana passada um relatório sobre a presença digital dos vereadores de São Paulo. O material contém muito material sobre uso de sites de redes sociais, site e emails de contato dos políticos. Não se propõem a fazer um ranking que destaque o que é mais ou menos importante para um político que use essas mídias, mas traz muitos dados que podem embasar futuras análises.

O conteúdo está disponível na íntegra no site da Medialogue e tem licença Creative Commons.

Agendamento e Sites de Redes Sociais

Minha apresentação de ontem, no Conlab – Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais. Mais sobre o congresso e o artigo completo podem ser visto aquis.

XI Congresso Luso Afro Brasileiro de de Ciências Sociais

Começou ontem, aqui na Universidade Federal da Bahia, o XI Conlab. O evento pretende discutir os mais diversos temas relacionados às ciências sociais e áreas afins e, por isso mesmo, é enorme, contando com 91 Grupos de Trabalho, além de algumas conferências.

Dois GTs são próximos da área de comunicação e política: o de Internet e Política e o de Mídia e Democracia. Esse dois grupos totalizam mais de 30 trabalhos na área e com certeza abrigarão discussões relevantes. Como os trabalhos ainda não estão disponíveis online, falarei mais especificamente do GT de Internet e Política, do qual faço parte, e por isso tive acesso aos trabalhos.

Serão 14 artigos apresentados entre hoje e amanhã em temas como inclusão digital, campanhas na internet, uso das TICs nas revoluções no Egito, entre outros. Além dos temas serem bastante interessantes, a qualidade dos trabalhos também me pareceu boa.

Eu apresentarei amanhã o artigo “Agendamento e sites de redes sociais: um novo lugar para o cidadão?“, onde discuto como se dá a relação dos sites de redes sociais com a formação da agenda pública e qual o lugar que o cidadão passa a ocupar nesse processo. Em breve disponibilizarei também o powerpoint da apresentação.

Primeiro relatório de monitoramento para o Governo do Chile

E vamos falar aqui de mais um caso de monitoramento para contratados por órgãos públicos. Apesar dos problemas que temos visto nos estudos realizados, o aumento nesse tipo de documento já sinaliza uma tendência crescente do uso dessa estratégia que me parece bastante interessante.

O portal chileno El Dínamo noticiou ontem que o Governo Chileno recebeu o primeiro relatório de monitoramento da BrandMetric, empresa contratada para fazer o serviço. É interessante o tom da matéria do portal, que deixa clara uma preocupação com a identificação dos usuários e com o uso que o governo fará dessas informações. Me parece uma preocupação bastante relevante em um contexto de amplas manifestações populares estarem sendo reprimidas pelo governo central. Realmente, nesses casos, a identificação de manifestantes e/ou opositores via rede sociais pode ser muito eficiente.

De toda forma, não me parece que foi o ocorrido. Aliás, me parece impossível que isso seja feito a partir do relatório que foi apresentado ao governo. Ele não tem absolutamente nenhum dado sobre os emissores das mensagens. Se a não divulgação da identidade de opositores me parece bastante coerente nesse contexto, a falta de qualquer menção a grupos principais de emissores (jornalistas? cidadãos comuns? políticos de oposição?) me parece uma falha.

Além disso, o relatório não mostra nenhuma análise de sentimento e trabalha apenas em cima do total de menções, o que também pode levar a conclusões equivocadas. A análise feita é apenas temática e de volume (comparando as citações ao governo com aquelas ao Ministério da Educação). No geral, novamente, me parece um relatório bastante pobre.

É necessário, no entanto, fazer uma ressalva pois não sabemos claramente qual o objetivo do relatório e o que foi pedido à empresa contratada. Esse documento traz um indício que, talvez, tenha sido pedido uma análise específica, a de agendamento. O relatório traz, em todas as semanas analisadas, uma comparação entre os temas prevalecentes nos media (apesar de não ser possível saber como eles definiram esses temas) e aqueles mais citados nos sites de redes sociais. Essa comparação com os media de massa pode ser bastante interessante em determinados contextos e pode apontar para uma demanda de informação específica sobre essa relação entre diversas mídias.

Proposta de Processo de Gerenciamento e Análise da Imagem de Atores Políticos nos Sites de Redes Sociais

Esta semana participei do I Confibercom – Congresso Mundial de Comunicação Ibero-Americana, que aconteceu na USP. O evento contou com diversas sessões temáticas e trabalhos de pesquisadores do continente americano, europeu e africano. Eu apresentei um artigo de autoria minha e do Tarcízio Silva, na Sessão de Marketing Político. A versão final do artigo será divulgada em breve, mas já seguem os slides da apresentação.