O Laboratório de Comunicação Online – LabCom da Universidade da Beira Interior mantém um projeto chamado Livros LabCom que permite o dowload em pdf de vários livros produzidos por eles. Há vários materiais interessantes para a área, mas destaco especialmente o Public Sphere Reconsidered, organizado por João Carlos Correia e Rousiley Maia, o Comunicação e Política, organizado também por João Carlos Correia, e o Blogs e a Fragmentação do Espaço Público, de Catarina Rodrigues. Vale conferir os outros títulos também.
Arquivo do autor:Nina Santos
Facebook e a Primavera Árabe
Acabo de assistir o documentário “How Facebook changed the world: the Arab Spring”, da BBC. Ele faz um apanhado geral das manifestações dos vários países com entrevistas muito interessantes que mostram como a internet e as mídias sociais se tornaram uma alternativa aos media controlados pelo governo. É bastante interessante para reconstruir a cronologia dos eventos e entender e ponderar o poder das mídias online.
A BBC tem uma página sobre o documentário, mas para achar o vídeo é preciso buscar online.
Mídias Sociais e Política
Ontem tive o prazer de participar do Social Web Day, um evento produzido pela empresa Rebellion que visa discutir diversos temas relacionados às redes sociais digitais. A edição desse mês foi sobre política e mídias sociais e falei um pouco do cenário que está se desenhando para as eleições deste ano. Foi uma apresentação geral do tema que ficou bastante enriquecida com as mais de 15 questões que animaram o final do debate.
Google+ lança guia para políticos
A rede Google+, em mais uma tentativa de se consolidar definitivamente no mercado e de olho nas eleições vindouras, lançou um guia para o uso político da plataforma. O texto é bem básico, mas também muito explicativo sobre as potencialidades dessa rede. Explica como compartilhar conteúdos com círculos específicos, como apoiar causas e mostrar quem lhe apoia como compartilhar conteúdos em geral. É um bom material para quem está começando.
A dica desse post veio do twitter do grupo Ponte UFC
NYC Open Data
A cidade de Nova Iorque lançou várias iniciativas de Dados Abertos. Segundo o prefeito, elas mostram o comprometimento dele com a transparência e a inovação. Bom, o fato que há vários tipos de dados que agora podem ser consultados e processados via aplicativos específicos. O site é esse, mas eles também lançaram um Tumblr para divulgar a ação.
Socialites discutindo o conflito na USP
Uma mostra interessantíssima do discurso da elite paulista.
“É tudo orquestrado… Orquestrado com os sem-terra, orquestrado com os sem-teto… Muitos são representantes da máfia… Venezuela, tudo está aqui!”
Transparência Hacker
A iniciativa do Transparência Hacker se autodenomina como “um espaço para que desenvolvedores web, jornalistas, designers, gestores públicos e outros indivíduos dos mais diferentes perfis proponham e articulem ideias e projetos que utilizem a tecnologia para fins de interesse da sociedade”. Eles trabalham com dados abertos sobre os governos e, a partir deles, desenvolvem aplicativos que permitam um uso específico e acessível dessas informações.
Exemplo das atividades desse grupo é o Deputados Analytcs, que visa compilar dados sobre as ações legislativas dos deputados. A ferramenta ainda está em fase de produção, mas já dá uma ideia dos dados que poderá gerar. Há ainda muitos outros projetos tocados pelo grupo que podem ser conferidos aqui.
Estudo analisa o Observador Político
A Medialogue acaba de lançar o estudo “15 razões de sucesso de um canal digital político” em que analisa a iniciativa do Observador Político. Essa rede, anunciada e divulgada pelo PSDB, mas que curiosamente se declara apartidária, vem reunindo um número considerável de pessoas em torno da discussão de variados temas políticos. Com uma boa mediação e conteúdo sempre atualizado, ela tem sido uma boa fonte de informação e discussão política no país.
O relatório traz dados interessantes para qualquer pesquisador e interessado na área de democracia digital e aponta os quinze pontos que considera cruciais para o sucesso da rede. Eu, particularmente, discordo das categorias de pluralidade e diversidade de opiniões, que levam em conta muito mais a quantidade de pessoas/posts envolvidos do que posições políticas em si. É perceptível que a rede se destina e é ocupada majoritariamente por like-minded, ou seja, aqueles que pensam de forma semelhante, nesses caso, digamos, aqueles mais próximos ao discurso psdbista. Contudo, isso, sem dúvida, não tira a relevância democrática da iniciativa, ela apenas precisa ser vista e identificada como tal.
Enfim, vale a pena acompanhar a iniciativa e as análises. Em breve mais material sobre o assunto.
Agendamento e Twitter: um estudo exploratório
Apresentei recentemente no SimSocial um artigo sobre a teoria do agendamento pensada a partir do papel dos sites de redes sociais. Fiz um estudo considerando os temas que as pessoas acham mais relevantes, aqueles mais citados no Twitter e os mais noticiados por dois sites de notícias. Os resultados mostram que não há mudanças absolutas no processo de agendamento, mas apontam diferenças interessantes entre os temas que aparecem nos sites e aqueles que são citados no Twitter.
Acima, a apresentação que fiz sobre o assunto e o artigo completo pode ser visto aqui.
Proibidos de Votar
Uma iniciativa paraense se propõe a fiscalizar as ações dos vereadores de Belém. A plataforma Proibidos de Votar pretende ser um espaço colaborativo onde as pessoas possam postar informações de diversos tipos – escritas, em áudio ou vídeo – sobre seus representantes no executivo local. A iniciativa está em fase inicial, mas já conta com um manifesto e um vídeo postado. A discussão que se sucedeu à postagem é bastante interessante e conta com vários pontos de vista sobre a política local. Vale a pena acompanhar.






