Acontece, entre os dias 13 e 15 de abril, a 4ª edição do Congresso Nacional de Pesquisadores em Comunicação e Política – Compolítica. O evento será sediado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ e contará com palestras e mesas redondas de grandes nomes da área como Marcus Figueiredo (IESP-UERJ), Luis Felipe Miguel (UNB), Fernando Lattman-Weltman (FGV-RJ) e Wilson Gomes (UFBA). A programação conta ainda com uma oficina sobre campanhas eleitorais e 9 grupos de apresentação de trabalhos. Eu estarei no GT de Mídia e Eleições, onde apresentarei um artigo sobre os processos de mediação e o uso da hashtag #dilmafactsbyfolha. As inscrições para o congresso tem preço reduzido até o dia 11 de março.
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Observatório de Mídia e Política de volta ao ar
O Mídia&Política é um observatório de crítica da mídia criado pelo Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política (Nemp-Ceam) da Universidade de Brasília – UnB. O projeto foi criado em 2005, mas estava fora do ar desde 2009. Agora, com fôlego renovado, o observatório pretende ter edições temáticas mensais escritas por professores e pesquisadores do Núcleo.
O observatório faz parte da Rede Nacional de Observatórios da Imprensa (Renoi) e tem como objetivo “contribuir para a formação de uma consciência crítica sobre a qualidade da cobertura política, estimular a reflexão profissional e incentivar a diversidade de coberturas e de temas na agenda”.
A primeira edição já está no ar e trata da comunicação no governo Lula. A edição de fevereiro trataráda cobertura midiática sobre o carnaval.
Envio de trabalhos para o Compolitica vai até 30/01
O Compolitica é o Congresso da Associação Braileira de Pesquisadores em Comunicação em Política. Surgido em 2006, o evento é bianual e chega a sua 4ª edição esse ano como o evento acadêmico brasileiro mais importante dessa área de estudos. O congresso acontecerá entre os dias 13 e 15 de abril na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
A chamada de trabalhos está aberta até o dia 3o de janeiro. Até essa data é possível enviar resumos expandidos (até 2.000 caracteres com espaço) de artigos que se encaixem em um dos 9 eixos temáticos do evento. São eles: Comunicação e Democracia; Mídia e Eleições; Comunicação Institucional e Imagem Pública; Internet e Política; Comunicação e Sociedade Civil; Cultura Política, Comportamento e Opinião Pública; Políticas de Comunicação; Jornalismo Político; e Propaganda e Marketing Político.
Mais informações podem ser encontradas no site do Compolitica.
Revista Animus traz dossiê de comunicação e política
A revista Animus – Revista Interamericana de Comunicação Midiática, traz, no seu número 18, um dossiê específico da área de comunicação e política. São apenas quatro artigos sobre o tema, mas eles conseguem abranger desde temas como redes sociais e ciberativismo até questões relacionadas ao cinema e ao entretenimento. A revista é uma publicação da Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria. Vale a pena conferir.
TSE aponta internet como 3ª fonte de informação do eleitor
Uma pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizada em novembro deste ano, apontou que a internet ultrapassou as mídias impressas e o rádio como fonte de informação sobre política e eleições. Isso coloca o meio online na terceira posição, apenas atrás da televisão e da conversa com amigos e parentes. O estudo foi feito a partir de 2000 entrevistas realizadas de forma aleatória em 136 municípios.
Esse resultado nos aponta caminhos de reflexão interessantes. Se por um lado a pesquisa não mostra dados detalhados sobre o consumo de informação dentro da internet (se em sites de notícias, redes sociais, listas de e-mail etc), por outro, o posicionamento da conversa com amigos e parentes na segunda colocação pode ser uma pista interessante. O ambiente online que mais propicia essa conversa com amigos e parentes e, sobretudo, a indicação de sites e conteúdos por eles são as redes sociais online. Portanto, acredito que podemos inferir dessa pesquisa que o grande meio de informação e formação da opinião sobre política e eleições são as redes sociais, sejam elas online ou offline.
Também é interessante observar que a pesquisa feita sobre a decisão do voto para o 2º turno coloca a internet apenas na 7ª colocação como fonte de informação. É bem verdade que as categorias oferecidas aos entrevistados são bastante diferentes da consulta geral (onde a internet ficou em 3º) o que complica a comparação de resultados, mas é um dado a ser considerado. Apesar disso, nessa pesquisa específica sobre o 2º turno, a conversa com amigos e parentes fica na 3ª colocação mostrando força que essa rede tem.
O relatório completo está disponível para download.
Serviço personalizado de notícias políticas
O site americano Politico, especializado em coberturas políticas, lança agora um novo serviço: o Politico PRO. Trata-se de um serviço pago e personalizado de subscrição de notícias. A ideia é oferecer informações detalhadas e em tempo real dsobre as políticas de energia, tecnologia e saúde. O público alvo são políticos e profissionais da área. O argumento dos donos do site é que esses profissionais precisam que alguém lhes diga o que ler em meio a tantas informações.
Revista Redes.com
O Grupo Interdisciplinar de Estudos em Comunicação, Política e Mudanças Sociais da Universidade de Sevilla mantém uma revista com ótimo material acadêmico da área. A revista Redes.com já tem 5 edições que podem ser acessadas online e contempla assuntos como ciberdemocracia, comunicação de guerra e de movimentos sociais. Vale a pena dar uma olhada.
Aulas sobre política
Há umas duas semanas fui apresentada ao academicearth.org. O site reúne diversas aulas ministradas em universidades americanas. Uma das áreas contempladas pelo site é Ciência Política e dentro dela encontrei dois cursos interessantes. O primeiro chama-se “Introduction to Political Philosophy” e foi ministrada na universidade de Yale. O curso compõe-se de 24 aulas que pretendem dar uma iniciação à filosofia política. Já na primeira aula o professor levanta questões interessantes sobre o tema, como o fato de a maioria dos autores utilizados na área terem escrito suas obras há centenas de anos. O segundo curso que me chamou atenção foi o de “Politics, strategy and game theory“, composto de 19 aulas, mas ministrado na UCLA. Essas aulas pretendem habilitar os estudantes a traçar e compreender estratégias políticas.
Todas as aulas podem ser vistas online ou baixadas em formato de vídeo ou áudio.
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De onde vem o poder?
Ouvi hoje a notícia de que os advogados de Arruda teriam garantido que, se solto, ele não voltaria ao caso. Isso foi visto como uma estratégia para garantir que Arruda não continuará obstruindo a justiça na investigação do escândalo de corrupção no Distrito Federal.
Ao saber dessa notícia, em um jornal televisivo esta manhã, um coisa me deixou perplexa. Trata-se dessa visão estreita de que é preciso ocupar um cargo político formal para ter influência e poder, tornando-se capaz de obstruir uma investigação. Há muito Foucault, com sua microfísica do poder, já mostrou que a polítca – e o poder nela envolvido – se desenvolvem não apenas no aparato político institucional. E, no caso da figura em questão, um político de destaque, recém deposto do cargo de governador, está claro que suas ligações e poder de influência, mesmo sem cargo, seriam suficientes para prejudicar o trabalho da justiça. Não se trata de uma questão de estar ou não no cargo, mas de querer ou não atrapalhar.





