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Quais eram as perspectivas sobre as mídias sociais nas eleições de 2012?

Hoje, em uma pequena sessão nostalgia, relembrei uma entrevista que concedi para a TVT, em 2012. O tema era o uso das mídias sociais nas vindouras eleições municipais daquele ano. Muita coisa mudou, é verdade, mas algumas questões abordadas continuam atuais. Pensando que em 2016 teremos também eleições municipais e com chance de sérias modificações nas regras do jogo (principalmente o fim do financiamento empresarial), pode ser um bom momento para relembrar o contexto daquele ano e analisar perspectivas futuras.

Dobra o numero de eleitores que seguem políticos nas mídias sociais

Uma pesquisa divulgada pelo Pew Research Center mostra que o número de eleitores que seguem perfis de políticos nas mídias sociais dobrou entre 2010 e 2014. Como sempre, temos que considerar que estes são dados da sociedade americana, mas que podem indicar uma tendência para outros paises.

More voters following political figures on social media, large increases among 30-49 and 50-64 year olds

É interessante ver que as taxas subiram não apenas entre os mais jovens, mas sobretudo na feixa etária entre 30 e 49 anos. Estes dados são interessantes para sustentar que a comunicação via redes sociais digitais ainda está em expansão. Ainda que as plataformas que são usadas mudem de tempos em tempos, não parece que a comunicação digital em geral deixará de ocupar um espaço importante na comunicação política em um futuro breve.

Reasons for following political figures on social media

Outro dado interessante de observar é a motivação pela qual as pessoas seguem políticos. A utopia de que “o político é gente como a gente” e que as midias digitais permitiriam um contato pessoal entre eleitos e eleitores parece estar cedendo espaço para uma razão mais pragmática: a novidade em primeira mão. As pessoas perceberam que seguindo políticos podem ter acesso a informações antes de outras fontes, inclusive das jornalísticas.

No Brasil, não conheço pesquisa exatamente neste formato, mas a Pesquisa Brasileira de Mídia tem dados interessantes e acabou de divulgar sua edição 2015.

Facebook e a Primavera Árabe

Acabo de assistir o documentário “How Facebook changed the world: the Arab Spring”, da BBC. Ele faz um apanhado geral das manifestações dos vários países com entrevistas muito interessantes que mostram como a internet e as mídias sociais se tornaram uma alternativa aos media controlados pelo governo. É bastante interessante para reconstruir a cronologia dos eventos e entender e ponderar o poder das mídias online.

A BBC tem uma página sobre o documentário, mas para achar o vídeo é preciso buscar online.

Mídias Sociais e Política

Ontem tive o prazer de participar do Social Web Day, um evento produzido pela empresa Rebellion que visa discutir diversos temas relacionados às redes sociais digitais. A edição desse mês foi sobre política e mídias sociais e falei um pouco do cenário que está se desenhando para as eleições deste ano. Foi uma apresentação geral do tema que ficou bastante enriquecida com as mais de 15 questões que animaram o final do debate.

Mídias Sociais para cientistas políticos

Encontrei uma apresentação que dá dicas de uso das mídias sociais por analistas políticos. Achei a proposta bem interessante, primeiro para desmistificar a ideia – ainda corrente em alguns ambientes acadêmicos – de que os sites de redes sociais só servem à futilidade e à devassa das vidas pessoais. E segundo, achei as dicas bem boas mesmo. Quem usa sabe que o ambiente online pode oferecer milhares de oportunidades a cientistas de todas as áreas.

Social Media for Political Scientists

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A matéria sobre a apresentação pode ser vista no blog da autora.

Senado discute Mídias Sociais

Essa semana o Senado realizou o debate “Políticas e Novas Mídias”, com participação de membros da casa e especialistas externos. Sem entrar nos pormenores da bajulação política com o presidente do Senado – que sem dúvida, desvia o foco do debate e empobrece a discussão -, gostaria de comentar um pouco sobre os discursos que ouvi.

Os membros da casa – ouvi as falas do presidente e do secretário de comunicação – me pareceram terem sim certo interesse na implantação de novas formas de comunicação no Senado, mas não me pareceram ter uma compreensão ampla do que seria esse processo. Por vezes apareceram ideias de que o foco das novas mídias seria a divulgação do trabalho dos senadores, com pouco foco na real valorização da opinião popular. Na verdade, o que ficou claro para mim uma vez mais é que essas iniciativas não vem do controle central, vem de departamentos e assessores de comunicação que conseguem convencer os dirigentes a implantar o projeto.

O que acontece é que muitas vezes a importância que é vista no projeto está mais na sua atualidade do que na possibilidade real de uma modificação no processo democrático. Isso porque, penso eu, não é possível criar um canal de comunicação efetivo com uma instituição como o Senado apenas através de ações de comunicação. São necessárias mudanças estruturais internas para abarcar esse novo cenário e dar algum sentido real a ele. E mudanças nesse sentido não pareceram estar no horizonte.

Por outro lado, os especialistas externos, muito conhecedores do ambiente online, de suas rotinas, procedimentos e ferramentas, pouco exploraram as especificidades da aplicação de uma comunicação online a uma instituição pública e representativa tão central quanto o Senado. Se, por um lado, muitas das estratégias e dos princípios do marketing online podem – e devem – ser aplicados a instituições políticas, por outro, se não se compreende profundamente qual o propósito final dessa ação, fica difícil atingir um objetivo significativo. Ou pelo menos significativo em termos de democracia.

Mídias Sociais e Eleições 2010

Com muito atraso, mas antes tarde do que nunca, publico aqui o link para o e-book Mídias Sociais e Eleições 2010, organizado por mim, pelo Ruan Carlos e pela PaperCliQ. A publicação foi lançada no início de maio em uma edição especial do Papos na Rede. Já falei muito sobre ele em posts anteriores, então não vou me alongar sobre o conteúdo, mas ficarei feliz de receber comentários e impressões sobre o e-book.

É amanhã: lançamento do e-book sobre Mídias Sociais e Eleições

Anunciei aqui na semana passada que estaria saindo do forno em breve um e-book com mais de   20 textos de renomados profissionais e pesquisadores sobre o uso das redes sociais online nas eleições de 2010. Pois, o lançamento da publicação será amanhã, às 21h, no Papos na Rede. Após o lançamento, o e-book será disponibilizado para download.

Em breve: E-book “Mídias Sociais e Eleições 2010”

Já já sai do forno o e-book “Mídias Sociais e Eleições 2010” produzido pela PaperCliQ em parceria comigo e com RuanCarlos. O livro traz cerca de 20 textos sobre a relação entre o ambiente online e o período eleitoral de 2010, incluindo autores bastante conhecidos da área como Gil Castillo, Martha Gabriel e Carlos Manhanelli. Os artigos abordam desde o uso de sites de redes sociais por políticos e suas assessorias, até a própria dinâmica de cobertura desse novo tipo de campanha. Fiquem ligados, em breve mais informações!

Ebook: Para Entender as Mídias Sociais

A sugestão hoje é de um material que não é específico da área de comunicação e política, mas que é com certeza essencial a ela. Como o contato do mundo político com a internet e suas diversas possibilidades é algo razoavelmente recente, aprender um pouco mais sobre esse ambiente e seu funcionamento é um passo essencial para desenvolver ações políticas interessantes na rede. Fica então a dica doe-book “Para Entender as Mídias Sociais”, organizado pela competente Ana Brambilla, que será lançado no próximo dia 25.

O livro trará desde conceitos mais básicos até explorações mais específicas das ações em sites de redes sociais para diversas áreas. Fiquem ligados no Tumblr e Blog do livro para mais informações. Para quem se interessa pelo tema, vale lembrar também do e-book Mídias Sociais: Perspectivas, tendências e reflexões, lançado ano passado pela PaperCliQ em parceria com Danila Dourado.