Eficácia de campanhas online

A internet já é parte da vida de milhares de pessoas, isso é fato. Mas qual o real impacto disso na política? Ou melhor, qual o impacto real disso na forma de votar?

Todo político, ou pelo menos a maioria, quer ter um site, um blog, um twitter. E nenhum assessor de comunicação, espero eu, terá a audácia de dizer: “não faça porque isso não importa”. Mas qual o resultado disso? Uma relação mais próxima com o cidadão, mais transparência e participação, aumento do alcance da mensagem. Fazemos monitoramentos e mostramos tudo isso a nossos clientes e empregadores. Aumenta-se o número de visitantes, de seguidores, de comentários, de replys, mas e os votos, aumentam também?

Eu quero deixar claro aqui que não sou uma simples pragmática que acredita que o único propósito das ferramentas online é o voto, pelo contrário. Acredito que a comunicação online pode ajudar, de muitas formas, o fortalecimento da democracia. Mas encarar a questão do voto também se faz necessário.

Eu acredito que as relações contruídas a partir das redes sociais têm sim um importante papel no fortalecimento da imagem político, no sentido de pertencimento e que, portanto, se bem trabalhadas, afetam sim a quantidade de votos. Mas também precisamos relativizar essa importância.

Uma matéria publicada no Observatório da Imprensa no dia 07 deste mês [que, aliás, foi o que motivou esse post] considera que o grande astro das últimas eleições na Inglaterra foi a televisão. Notícias como essa são importantes não para descredibilizar a internet como mecanismo de conquista de votos, mas para nos ajudar a enxergar a real dimensão e complexidade de uma campanha política. Uma única ferramenta, por mais eficiente e inovadora que ela possa parecer não é capaz de dar conta da totalidade desse processo e pensar de forma unicista me parece um equívoco.